sábado, agosto 20, 2005
Guiné-Bissau: aspectos da vida de um povo (11/15)
por Eva Kipp, 1994
O FUNERAL DE UM «HOMEM GRANDE»
Na tabanca de Quinta, da etnia Papel, morreu um homem grande e vão ser realizadas as cerimónias fúnebres.
Os familiares vestem-se com panos brancos e besuntam a cara com farinha. As outras pessoas vestem as suas melhores roupas para participarem na cerimónia. Para os Papéis, animistas, a morte é um prolongamento da vida, que passa a ser vivida numa outra dimensão. Neste caso, como a pessoa que morreu teve a sorte de ter vivido uma longa vida, o seu funeral é motivo de regozijo. Contudo, também há tristeza, mas como Quinta o diz, ela está dentro de nós - no coração - e não é preciso mostrá-la na festa de «choro».
O início do "choro", com duas vacas já sacrificadas.
Um grupo de pessoas leva uma vaca em homenagem a um morto.
Os filhos e os amigos do falecido trazem animais para serem sacrificados na cerimónia. Os filhos trazem uma vaca e os amigos vacas ou porcos. As bebidas alcoólicas também não podem faltar e em especial o vinho e a aguardente de cana.
Ao ritmo dos tambores, toda a gente dança e bebe num terreno cheio de animais sacrificados, nem dando conta do risco quando dançam sob o telhado, prestes a ruir, de uma das casas. O consumo de álcool vai aumentando a exuberância da festa.
Nesse mesmo dia, enrolado em panos tradicionais, o falecido é sepultado. O número de panos que o envolve - neste caso foram vinte - mostra o prestígio que ele tinha na sociedade.
Os animais sacrificados são repartidos pelos participantes e segundo critérios fixos pela tradição.
Rapariga papel vestida para o "choro".
O FUNERAL DE UM «HOMEM GRANDE»
Na tabanca de Quinta, da etnia Papel, morreu um homem grande e vão ser realizadas as cerimónias fúnebres.
Os familiares vestem-se com panos brancos e besuntam a cara com farinha. As outras pessoas vestem as suas melhores roupas para participarem na cerimónia. Para os Papéis, animistas, a morte é um prolongamento da vida, que passa a ser vivida numa outra dimensão. Neste caso, como a pessoa que morreu teve a sorte de ter vivido uma longa vida, o seu funeral é motivo de regozijo. Contudo, também há tristeza, mas como Quinta o diz, ela está dentro de nós - no coração - e não é preciso mostrá-la na festa de «choro».
O início do "choro", com duas vacas já sacrificadas.
Um grupo de pessoas leva uma vaca em homenagem a um morto.
Os filhos e os amigos do falecido trazem animais para serem sacrificados na cerimónia. Os filhos trazem uma vaca e os amigos vacas ou porcos. As bebidas alcoólicas também não podem faltar e em especial o vinho e a aguardente de cana.
Ao ritmo dos tambores, toda a gente dança e bebe num terreno cheio de animais sacrificados, nem dando conta do risco quando dançam sob o telhado, prestes a ruir, de uma das casas. O consumo de álcool vai aumentando a exuberância da festa.
Nesse mesmo dia, enrolado em panos tradicionais, o falecido é sepultado. O número de panos que o envolve - neste caso foram vinte - mostra o prestígio que ele tinha na sociedade.
Os animais sacrificados são repartidos pelos participantes e segundo critérios fixos pela tradição.
Rapariga papel vestida para o "choro".