quinta-feira, outubro 07, 2004
Salários em atraso, fome e corrupção
Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 07 Out 2004
Militares reclamam pagamento de salários e negam golpe de Estado
Os militares revoltosos da Guiné- Bissau emitiram hoje o seu primeiro comunicado no qual reclamam o pagamento dos salários em atraso e negam que a sua acção constitua um golpe de Estado.
O comunicado foi lido na rádio oficial às 11:00 locais (12:00 em Lisboa) e assinado pelo major Baule Ianta Nmone, um dos oficiais que integrou o contingente da Guiné-Bissau na missão de paz da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Libéria.
O documento não faz qualquer referência às mortes do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, general Veríssimo Correia Seabra, nem do porta-voz do Exército e chefe do Departamento de Recursos Humanos do Estado-Maior das Forças Armadas, coronel Domingos Barros.
No comunicado, os militares que protagonizaram as movimentações militares em Bissau realçam também a existência de "condições desumanas" nas casernas, a "fome generalizada" em todos os aquartelamentos militares do país, o "elevado grau de corrupção" no seio das chefias militares e o "clientelismos nas promoções".
Num balanço feito à Agência Lusa sobre as informações de que dispõe a partir de Bissau, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, António Carneiro Jacinto, referiu precisamente que, além das reivindicações salariais, os militares revoltosos reclamam melhores condições logísticas a nível de equipamentos e alimentação.
Perante os desenvolvimentos no terreno, o porta-voz acrescentou que o ministério português conclui que se tratou de uma "sublevação militar" e que "nada tem a ver com divisões étnicas", dado que Veríssimo Seabra era da etnia papel, quando a maior parte do exército é composto por elementos de etnia balanta.
Militares reclamam pagamento de salários e negam golpe de Estado
Os militares revoltosos da Guiné- Bissau emitiram hoje o seu primeiro comunicado no qual reclamam o pagamento dos salários em atraso e negam que a sua acção constitua um golpe de Estado.
O comunicado foi lido na rádio oficial às 11:00 locais (12:00 em Lisboa) e assinado pelo major Baule Ianta Nmone, um dos oficiais que integrou o contingente da Guiné-Bissau na missão de paz da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Libéria.
O documento não faz qualquer referência às mortes do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, general Veríssimo Correia Seabra, nem do porta-voz do Exército e chefe do Departamento de Recursos Humanos do Estado-Maior das Forças Armadas, coronel Domingos Barros.
No comunicado, os militares que protagonizaram as movimentações militares em Bissau realçam também a existência de "condições desumanas" nas casernas, a "fome generalizada" em todos os aquartelamentos militares do país, o "elevado grau de corrupção" no seio das chefias militares e o "clientelismos nas promoções".
Num balanço feito à Agência Lusa sobre as informações de que dispõe a partir de Bissau, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, António Carneiro Jacinto, referiu precisamente que, além das reivindicações salariais, os militares revoltosos reclamam melhores condições logísticas a nível de equipamentos e alimentação.
Perante os desenvolvimentos no terreno, o porta-voz acrescentou que o ministério português conclui que se tratou de uma "sublevação militar" e que "nada tem a ver com divisões étnicas", dado que Veríssimo Seabra era da etnia papel, quando a maior parte do exército é composto por elementos de etnia balanta.