domingo, outubro 10, 2004

PR propõe que revoltosos escolham novo CEMGFA

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 10 Out 2004
por Sabino Santos Lopes

O Presidente da Republica reuniu na tarde do dia 9 de outubro com a comissão negocial dos militares que fizeram o levantamento do passado dia 6 de Outubro. Henrique Rosa pediu aos revoltosos para apontarem ou anunciarem quem querem que seja o Chefe do Estado-Maior General das FA.

No encontro que tinha por objectivo debater profundamente, os problemas que afectam a classe castrense e encontrara as soluções mais apropriadas, Henrique Rosa aproveitou para solicitar aos jovens militares, a apontarem o nome que acham que deve ficar como Chefe de Estado-Maior General das Forcas Armadas, depois da morte de Veríssimo Correia Seabra.

O chefe de estado que se encarregou de prestar essas informações ao país, disse que os jovens militares recusaram esta solicitação com pretexto de que “cabe ao Presidente da republica nomear o Chefe de Estado-Maior General das Forcas Armadas. “Respondi-lhes que sei que essas são as minhas prerrogativas, mas decidi daquela forma, porque queria que escolhessem unem nome consensual no seio das Forcas Armadas”.

Sem grandes detalhes sobre o assunto, uma vez que os jovens militares para alem de serem apanhados de supressa , recusaram pronunciar liminarmente a propósito. Contudo, o chefe de estado disse acreditar que nomes próximos dias ou ainda este mês, o país terá um Chefe de Estado-Maior General das Forcas Armadas, uma vez que no encontro do dia 11 de outubro, o caso será novamente debatido pelas partes.
Quanto ao tema central da reunião (problemas que afectam a classe castrense e as questões em greve), Henrique Rosa que durante a conversa sentiu que estava a falar perante pessoas responsáveis. Por isso, assegurou que seria um homem “bastante feliz” se esta reivindicação não ficasse manchado com a morte dos oficiais Veríssimo Seabra e Domingos Barros.

“Todos eles, mas sem excepção, manifestaram-se disponíveis a ajudar o Governo e ao Estado na busca de solução para os problemas que afectam o pais e mudar o mau rumo dos acontecimentos. Depois daquilo que ouvi por parte deles, estou seguro que se unirmos os esforços, vamos conseguir mudar o rumos dos acontecimentos na Guiné-Bissau. Vi neles espirito de pessoas que vão lutar para que não aconteça novamente situações catastróficas na Guiné”, disse Henrique rosa.

Ele que caracteriza este segundo encontro com os militares como sendo da aproximação onde falaram franca e profundamente sobre os problemas do país, salientou que mostrou aos jovens militares que o problema das chefias militares dados como desaparecidos lhe preocupa bastante. “Garantiram que não haverá problemas com ninguém”.

Durante as negociações havidas, tanto com o Governo como as entidades ou organismos internacionais, os militares revoltosos colocam sempre como uma das principais exigências a questão da amnistia. Rosa disse que quando lhe confrontaram com essa exigência, respondeu que não lhe cabia responder sozinho e a sensibilidade da questão faz com que seja necessário a Assembleia Nacional Popular se pronunciar.

Alias, os jovens militares querem que a amnistia seja dado desde das pessoas que lideraram o levantamento militar de 14 de Novembro de 1980 que depôs o presidente Luís Cabral. Levantamento este dirigido por Nino Vieira e que ceifou vida a destacados combatentes.

“Apesar de não ter competência para pronunciar, expliquei-lhes que amnistiar desde 14 de Novembro de 1980, significa que Nino Vieira (ex-presidente da Republica derrubado também por um golpe Militar em maio de 1999) será um homem livre e poderá voltar a Guiné-Bissau”.

O chefe de Estado disse que a sua maior surpresa foi quando ouviu, Tagme Na Waye (actual inspector das Forcas Armadas, opositor feroz dos regresso de Nino Vieira) dizer que se estava de acordo com o regresso de nino Vieira. “Tagme disse na altura que se ver Nino Vieira, vai dar-lhe um abraço”, revelou Henrique Rosa, para manifestar a sua satisfação com essas palavras.

Tanto satisfeito com as palavras que ouviu da comissão negocial, Rosa qualifica a tarde do dia 9 de Outubro de “rica”, onde a verdade foi privilegiada. “Lamentei-lhes bastante a morte de Veríssimo Seabra Domingos Barros.

Disse que não queria por nada deste mundo que tal acontecesse. Porque para alem de serem meus bons amigos, constituem graves perdas (e irreparáveis) para o país e seus familiares. Mas, disse-lhes que rezo para que as almas dois “sejam esmolas” para a paz na Guiné-Bissau.



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