sexta-feira, outubro 01, 2004

Ajuda alimentar italiana de emergência (2002)

Origem do documento: Católica Net, 4 Jun 2002

Itália oferece 516.000 euros em ajuda alimentar de emergência

Dacar
A Itália vai doar à Guiné-Bissau uma verba de 516 mil euros para a ajudar a enfrentar o déficit alimentar existente nalgumas regiões do país, indicou hoje em embaixada italiana em Dacar. A ajuda será utilizada no quadro de projetos de assistência alimentar em favor das faixas da população mais vulneráveis, bem como em outros de reabilitação e reconstrução e de "food for work" (trabalho por alimentos), explicou a missão diplomática italiana. O mesmo princípio será aplicado na vizinha Guiné-Conacri, para onde a Itália vai encaminhar 4! 00 mil euros para um projeto de assistência e de proteção aos refugiados nas regiões guineenses mais atingidas pela crise humanitária, "devido às tensões fronteiriças". O programa será gerido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e visa proteger o maior número possível de refugiados, sobretudo mulheres, crianças e idosos. A Guiné-Conacri abriga cerca de 200 mil refugiados por causa das guerras civis nas vizinhas Libéria e Serra Leoa. Na Guiné-Bissau, a situação de urgência alimentar deve-se à prolongada seca que atinge a região leste da Guiné-Bissau e que está adquirindo contornos de extrema gravidade, colocando em risco a vida de milhares de pessoas e animais, com maior incidência em Pirada, Gabú. Alberto Djaló, administrador do setor de Pirada, na fronteira com o Senegal, tem repetido os apelos à administração central e aos organismos internacionais da ONU com sede em Bissau - UNICEF e FAO - para que seja enviada "com urgência&q! uot; ajuda para a região. Há cerca de dois meses, a Agência Lusa verificou que naquela região dezenas de poços e pequenas lagoas se encontravam sem água ou em vias de secarem, obrigando à concentração de pessoas e animais nos poucos pontos de água que restavam. No entanto, a situação agravou-se com a seca que dura há cerca de um ano e "as colheitas da região estão perdidas e o gado a morrer de sede", disse Djaló. No sector de Pirada vivem, de acordo com Alberto Djaló, cerca de 30 mil pessoas que se dedicam quase exclusivamente à criação de gado bovino e caprino e à produção de algodão e mancarra (amendoim).



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