terça-feira, setembro 21, 2004

Exportação de cajú (2003)

Origem do documento: Notícias Lusófonas, 20 Set 2004

A Guiné-Bissau obteve em 2003 60 milhões de dólares (49,5 milhões de euros) com a exportação da castanha de caju para a Índia, disse hoje o ministro guineense do Comercio, Industria, Turismo e Artesanato.

Issufo Sanhá fez este anúncio em jeito de antecipação à conferência nacional do caju, que decorre na capital guineense entre terça e quinta-feira próximas.

No encontro, o governo pretende ouvir a contribuição de todos os actuais intervenientes no sector do caju, desde o produtor ao exportador, tendo em vista a alteração do actual quadro de produzir caju para vender ao mercado indiano.

"Por exemplo, o ano passado exportou-se 92 toneladas de caju em bruto e ganhou-se qualquer coisa como 60 milhões de dólares americanos, mas se tivéssemos transformado o produto aqui no país ganhávamos quatro vezes mais", disse Issufo Sanhá.

Por esta razão, explicou Sanhá, o actual governo quer apostar forte na transformação local do caju, que, a par das pescas, é umas das principais fontes de receita para os cofres do Estado guineense.

Ainda segundo as explicações do ministro guineense do Comércio, o actual governo pretende fazer ver aos produtores locais que existe uma "imperatividade" para a diversificação da produção agrícola do país.

"Vamos fazer ver aos guineenses que é bastante arriscado dependermo-nos apenas de um produto agrícola, neste caso o caju. É preciso avançarmo-nos para a diversificação", sublinhou.

Tal como acontecia antes da independência, a produção do arroz para exportação, amendoim, algodão, frutas, legumes e coco são as alternativas que o governo pretende apontar aos agricultores guineenses como vias para alterar a dependência do cultivo do caju, explicou Issufo Sanhá.

Entretanto, foi hoje lançada em Bissau a primeira edição do "Prémio Qualidade", uma iniciativa já existente nos restantes sete países da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) e que visa premiar a qualidade de produtos locais com vista à sua venda nos mercados regionais e internacionais dentro dos parâmetros da higiene e de qualidade certificada.



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