sexta-feira, junho 10, 2005

Central eléctrica de Bissau parou há quatro dias, falta luz e água

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 09 Jun 2005

A central eléctrica de Bissau parou totalmente devido a avarias nos dois dos seis grupos de geradores que ainda operavam, disse hoje à Agência Lusa o director-geral da empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau.

Apesar das consequências desta avaria - a capital está sem luz nem água -, René Barros, director-geral da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB, estatal), empresa que detém o monopólio do sector, explicou que a falta de peças sobressalentes para os dois grupos de geradores, oferecidos em 2004 pela China, não permite pôr um único a funcionar.

No entanto, René Barros adiantou que há a possibilidade de os técnicos da empresa, em colaboração com homólogos chineses, poderem pôr um dos grupos a funcionar a partir de hoje à tarde.

De qualquer forma, acrescentou, se os técnicos conseguiram pôr em funcionamento um dos grupos, com capacidade de 1,15 quilovátios, a energia será toda canalizada para as bombas existentes nos diferentes furos de água que abastecem a capital guineense.

Os restantes quatro grupos - três com capacidade de 1,2 quilovátios e um de 1,6 - não estão a funcionar há mais de dois anos devido às sucessivas avarias, nalguns casos irreparáveis, dada a sua antiguidade.

O Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) aprovou recentemente um pacote financeiro de 5.000 milhões de francos CFA (cerca de 7,6 milhões de euros) para proceder à reparação de todos os grupos geradores, aguardando-se para breve a respectiva homologação pelo Conselho de Ministros.

Essas reparações serão efectuadas por técnicos e engenheiros da Senelec, a empresa senegalesa de distribuição de energia, e deveriam, segundo os planos previstos, estar concluídas até ao fim deste ano.

Nos últimos três meses, a EAGB tem racionado a distribuição de energia eléctrica às diferentes zonas da capital a apenas quatro horas por dia.

A crónica falta de energia eléctrica em Bissau não afecta directamente as principais empresas, uma vez que estas, na sua grande maioria, dispõem dos seus próprios geradores.



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