quinta-feira, maio 26, 2005

Kumba Ialá ocupou a sede da Presidência da República

1/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Mai 2005

Kumba Ialá ocupou a sede da Presidência da República em Bissau

O antigo presidente da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, entrou esta madrugada na sede da Presidência da República, em Bissau, onde permaneceu durante algumas horas, tendo já abandonado as instalações.

Kumba Ialá, acompanhado por alguns militares, terá querido, segundo fontes do PRS, mostrar "de forma simbólica" o vazio de Poder que diz existir na Guiné-Bissau.

O "simbolismo" da atitude não foi mais do que isso porque Kumba Ialá recebeu logo que foi conhecida a ocupação um ultimato do Estado Maior das Forças Armadas para abandonar as instalações.

Segundo um comunicado do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie, lido na rádio, Kumba Ialá tinha até 8 hoars locais (09:00 em Lisboa) para abandonar aquelas instalações.

E, mesmo antes do prazo dado pelos militares, Kumba Ialá abandonou as instações.

Embora seja mais visível a presença de militares nas ruas de Bissau, a vida voltou à normalidade e as Forças Armadas afirmam que "tudo está calmo e que a ordem foi reposta".

2/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Mai 2005

Governo reúne-se para analisar ocupação da Presiência por Kumba

O governo guineense reúne-se hoje em Conselho de Ministros extraordinário às 11:00 locais (12:00 em Lisboa) para analisar a ocupação da Presidência protagonizada esta madrugada pelo ex-presidente Kumba Ialá, cujo paradeiro é desconhecido.

Fonte do gabinete do primeiro-ministro indicou que o chefe do governo guineense, Carlos Gomes Júnior, já está no seu gabinete com alguns ministros, entre eles os da Defesa, Matinho Cabi, Negócios Estrangeiros, Soares Sambú, presidência do Conselho de Ministros, Daniel Gomes, e da Justiça, Filomeno Lobo de Pina.

Questionado pela Lusa sobre o paradeiro do ex-presidente, a fonte afirmou desconhecer, mas sublinhou que o governo pretende tomar medidas para evitar a repetição de situações como a de hoje.

Na reunião, deverão também participar as chefias militares que têm apelado para a paz e tranquilidade, pedindo à população que mantenha calma e garantindo a sua subordinação ao poder político.

Comandante do batalhão do Palácio Presidencial, José Loa, disse que Kumba Ialá estava na sua residência em Bissau, o que parece não ser verdade.

Outras fontes militares afirmam que Kumba Ialá estará no Estado- Maior das Forças Armadas, mas nem governo nem as altas chefias militares confirmam a informação.

O presidente interino, Henrique Rosa, mantém-se na sua residência particular em Bissau, podendo a qualquer momento vir a ocupar o seu posto de trabalho, na sede da Presidência, disse um seu porta-voz.

Defronte da presidência, continuam dezenas de populares que têm promovido manifestações espontâneas contra Kumba Ialá.

A situação está calma, não há presença de militares nas ruas e a maioria do comércio está aberto.

3/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Mai 2005

Tiroteio junto da casa de Kumba Ialá e incendiada sede do PRS

Depois de uma troca de tiros entre elementos da polícia e apoiantes do ex-presidente guineense Kumba Ialá, registada diante da residência do antigo chefe de Estado, os manifestantes incendiaram e saquearam a sede do PRS.

O tiroteio começou depois de elementos ligados a Kumba Ialá tentarem dispersar os jovens, disparando para o ar. As forças de segurança chegaram de seguida, tendo-se registado intenso tiroteio, de consequências ainda desconhecidas.

Os populares queimaram troncos de árvores e pneus na Avenida 14 de Novembro, cortando o trânsito num dos sentidos.

Diante da casa de Kumba Ialá estão também dezenas de elementos das brigadas de intervenção rápida e da polícia de intervenção que assumiram o controlo da situação.

O tiroteio durou alguns minutos e gerou grande tensão diante da residência de Kumba Ialá, que se encontra em casa.

Não satisfeitos, os manifestante anti Kumba Ialá rumaram para a sede do PRS, lançando garrafas com gasolina e incendiando as instalações. De seguida assaltaram a sede e atiraram para a rua diversos documentos.

A Polícia de Ordem Pública chegou a local para controlar a situação e viu-se obrigada a disparar granadas de gás lacrimógeneo. Várias pessoas ficaram feridas.

4/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Mai 2005

«Renovadores» demarcam-se de ocupação da presidência

O Partido da Renovação Social (PRS) guineense demarcou-se hoje da atitude de Kumba Ialá, que de madrugada ocupou durante algumas horas a sede da Presidência da República da Guiné-Bissau.

Sola N'Quilin, membro do conselho nacional dos "renovadores" e antigo líder parlamentar, disse que o partido terá ainda de se reunir, mas continua a defender que Kumba Ialá é "apenas candidato" do PRS às eleições presidenciais de 19 de Junho próximo.

"Nós nunca defendemos que Kumba Ialá era presidente. Para nós, Kumba Ialá é ainda candidato às presidenciais", afirmou N'Quilin, momentos após chegar à sede nacional do PRS, hoje vandalizada por um grupo de populares, na sua maioria jovens.

Apesar destas declarações, Sola N'Quilin foi um dos dirigentes do PRS que esteve presente, a 15 deste mês, na residência onde Kumba Ialá se autoproclamou chefe de Estado da Guiné-Bissau, declarando que pretendia terminar o seu mandato, interrompido no seguimento do golpe de Estado de 14 de Setembro de 2003.

Instado a comentar a atitude de hoje de madrugada de Kumba Ialá, o dirigente dos "renovadores" respondeu laconicamente: "Eu nem sei se Kumba Ialá esteve lá (na Presidência). Todos dizem que sim, mas eu não tenho confirmação nenhuma".

Sobre os actos de vandalismo registados na sede nacional do PRS, em Bissau, de que resultaram três feridos, Sola N+Quilin responsabilizou o governo.

"O governo é responsável por tudo o que aconteceu hoje por não ter previsto, nem garantido a segurança, quer na residência de Kumba Ialá, quer na sede do PRS", afirmou.

A sede dos renovadores está entretanto cercada por um importante dispositivo de segurança que levou ao encerramento do mercado de Bandim.

Esporadicamente, a polícia dispara granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os populares que permanecem no local, observando o aparato de segurança ali montado.

Também os estabelecimentos comerciais da cidade, que abriram as suas portas de manhã, acabaram por encerrar.

De momento, guarda-se uma declaração do governo sobre os incidentes.

O executivo de Carlos Gomes Júnior está reunido em conselho de ministros extraordinário para analisar a situação e decidir eventuais medidas face à actuação de Kumba Ialá.

O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Soares Sambu, deslocou-se entretanto à sede nacional do PRS e conversou por breves instantes com Sola N'Quilin, mas escusou-se a prestar declarações aos jornalistas.

Por seu lado, o Presidente da República, Henrique Rosa, está no seu gabinete de trabalho e já se reuniu com os seus mais próximos colaboradores, depois de ouvido o oficial de dia que estava de serviço quando Kumba Ialá entrou na sede da Presidência da República.

Kumba Ialá continua na sua residência, no bairro internacional de Bissau, rodeada por um importante dispositivo policial.

5/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Mai 2005

«Ocupação da Presidência por Kumba foi golpe de Estado falhado»

O presidente guineense afirmou hoje que a ocupação da sede da Presidência por Kumba Ialá, que ali permaneceu cerca de quatro horas, foi um golpe de Estado falhado e que há militares envolvidos na iniciativa.

Henrique Rosa fez estas declarações aos jornalistas após ter percorrido todas as dependências do edifício da Presidência da República, onde saudou os militares que se encontram de guarda.

"É claro que isto foi uma tentativa de golpe de Estado falhado. É um atentado à segurança de Estado. As pessoas têm de ser responsabilizadas. O ex-presidente Kumba Ialá sabe quais são as responsabilidades de um estadista", acrescentou Henrique Rosa.

Segundo Henrique Rosa, Kumba Ialá sabe quais são as implicações em termos penais quando alguém comete um acto semelhante.

Em conversa mantida com o chefe do Batalhão da guarda presidencial, o tenente-coronel Braima Djeju, o chefe de Estado foi informado pelo militar da forma como tudo se passou.

Segundo Djeju, por volta das 03:00 locais (04:00 em Lisboa), um grupo de militares entrou à força na sede da presidência, dando indicações aos soldados para se manterem "calmos".

De acordo com este oficial, os referidos militares tinham ordens para abater quem oferecesse resistência.

Henrique Rosa felicitou Braima Djeju e toda a sua equipa pelo facto de não ter havido nenhuma troca de tiros.

O presidente guineense enalteceu igualmente a "pronta resposta" do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMGFA), Tagme Na Waié, que deu um ultimato a Kumba Ialá para abandonar a presidência.

Henrique Rosa afirmou também que recebeu totais garantias do CEMGFA em como a situação no país está sob controlo das forças armadas.

Presentemente, indicou o presidente guineense, decorrem averiguações de alegados implicados na fracassada tentativa de golpe de Estado, estando a ser ouvidos militares, no Estado-Maior das Forças Armadas, e aguardando-se que a Procuradoria-Geral da República faça o mesmo com os civis envolvidos.

"As pessoas têm que ser responsabilizadas pelos seus actos. Felizmente que este incidente permitiu que passemos a conhecer os verdadeiros obstrutores da paz na Guiné-Bissau", frisou o chefe de Estado guineense.

Henrique Rosa sublinhou ainda que o "incidente" de hoje não afectará em nada o normal desenrolar do processo eleitoral para as presidenciais de 19 Junho próximo, tendo igualmente pedido calma aos jovens que estão a manifestar-se nas ruas de Bissau.

6/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Mai 2005

Kumba Ialá nega ocupação da Presidência da República

O ex-presidente da Guiné- Bissau Kumba Ialá garantiu hoje, em entrevista à Rádio de Cabo Verde (RCV), que não ocupou a sede da presidência e seria uma loucura fazê- lo para tomar o poder.

Kumba Ialá deu estas garantias depois de terem sido divulgadas notícias de que ocupou hoje de madrugada, durante algumas horas, a sede da Presidência da República, acompanhado por um grupo de militares, alegadamente para assumir o poder.

Na entrevista à RCV, Kumba Ialá impôs que a sua voz não fosse utilizada, admitindo apenas que o jornalista o citasse, o que a rádio fez.

A ocupação da presidência em Bissau, negada por Kumba Ialá, já foi, no entanto, confirmada pelo presidente guineense interino, Henrique Rosa, que a considerou uma tentativa falhada de golpe de Estado.

Ialá garantiu ainda, na mesma entrevista à RCV, que é o principal interessado em descobrir a verdade e pediu que seja mantida a calma porque se trata, no seu entender, de muita contra-informação.

O ex-presidente guineense, que foi deposto num golpe militar em Setembro de 2003 e que recentemente se auto-proclamou Presidente da República, diz que é um cidadão civil, não tem armas e é um político responsável e consequente.

Na entrevista, Ialá referiu ainda que não está na política para poder sobreviver.

7/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 25 Mai 2005

Kumba Ialá nega ocupação da Presidência da República

O ex-presidente da Guiné- Bissau Kumba Ialá garantiu hoje, em entrevista à Rádio de Cabo Verde (RCV), que não ocupou a sede da presidência e seria uma loucura fazê- lo para tomar o poder.

Kumba Ialá deu estas garantias depois de terem sido divulgadas notícias de que ocupou hoje de madrugada, durante algumas horas, a sede da Presidência da República, acompanhado por um grupo de militares, alegadamente para assumir o poder.

Na entrevista à RCV, Kumba Ialá impôs que a sua voz não fosse utilizada, admitindo apenas que o jornalista o citasse, o que a rádio fez.

A ocupação da presidência em Bissau, negada por Kumba Ialá, já foi, no entanto, confirmada pelo presidente guineense interino, Henrique Rosa, que a considerou uma tentativa falhada de golpe de Estado.

Ialá garantiu ainda, na mesma entrevista à RCV, que é o principal interessado em descobrir a verdade e pediu que seja mantida a calma porque se trata, no seu entender, de muita contra-informação.

O ex-presidente guineense, que foi deposto num golpe militar em Setembro de 2003 e que recentemente se auto-proclamou Presidente da República, diz que é um cidadão civil, não tem armas e é um político responsável e consequente.

Na entrevista, Ialá referiu ainda que não está na política para poder sobreviver.

8/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 26 Mai 2005

Presidente guineense aconselha Abdoulaye Wade a preocupar-se com o Senegal
O presidente interino guineense, Henrique Rosa, aconselhou hoje o seu homólogo senegalês a "preocupar-se" com os "muitos problemas" que tem no Senegal e a "deixar" a Guiné-Bissau "fazer a sua própria caminhada".

"O senhor presidente Wade que se preocupe com os problemas que o Senegal tem, e que não são poucos, e deixe a Guiné-Bissau fazer a sua caminhada. Agradecemos tudo o que ele queira fazer de positivo para a Guiné-Bissau. De resto, se não tiver nada de positivo para dar à Guiné-Bissau, que se mantenha calado", afirmou.

Henrique Rosa, que falava aos jornalistas à margem de uma visita que efectuou hoje de manhã à Comissão Nacional de Eleições (CNE), sublinhou, contudo, que Wade "merece" todo o seu respeito.

"O presidente do Senegal merece todo o meu respeito. E não devemos confundir o presidente do Senegal com o povo senegalês, que é nosso irmão, está também na Guiné-Bissau e trabalha e nós queremos que esteja cá", afirmou Henrique Rosa.

Quarta-feira, Wade, numa entrevista à Rádio France Internacional (RFI), defendeu o adiamento das eleições presidenciais guineenses, previstas para 19 de Junho próximo, por "dois a três meses", alegando "não existirem condições técnicas".

Segundo o presidente senegalês, cujas declarações surgiram no mesmo dia em que o antigo presidente guineense Kumba Ialá ocupou a sede da presidência em Bissau, a ideia é "evitar" que a Guiné-Bissau "caia" na mesma situação do Togo, onde a oposição rejeitou os resultados das presidenciais, provocando um conflito civil.

"Forçar as eleições a 19 de Junho será um erro", afirmou Wade, que recebeu Kumba Ialá domingo passado em Dacar, após o fracasso da cimeira de Bissau, realizada um dia antes, na presença do líder da União Africana (UA), o presidente nigeriano Olusegun Obasanjo.

Também quarta-feira, o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, desdramatizou as palavras de Wade, sublinhando que o Senegal "é um país amigo", que a Guiné- Bissau está envolvida num processo de integração regional e que gostaria que houvesse uma "relação de boa vizinhança" e a continuação da promoção da paz.

Entretanto, o encarregado de negócios da embaixada do Senegal em Bissau, Ngor N'Djay, foi convocado hoje pelo governo guineense para prestar "esclarecimentos" em relação as palavras de Wade, indicou fonte diplomática.

Ngor N'Djay, que substitui o embaixador, ausente do país, esteve reunido com os ministros guineenses dos Negócios Estrangeiros, Soares Sambu e da Defesa, Martinho Ndafa Cabi, de quem ouviu também os protestos do executivo em relação às atitudes do presidente do Senegal.

De seguida, o encarregado de negócios da embaixada do Senegal recebeu uma carta aberta da Plataforma das organizações da sociedade civil na qual, basicamente, é pedido a Wade que cesse "imediatamente" as suas atitudes de "ingerência" nos assuntos internos da Guiné-Bissau.

Na carta, as organizações da sociedade civil acusam o chefe de Estado senegalês de "cumplicidade" com Kumba Ialá para desestabilizar o processo eleitoral em curso na Guiné- Bissau.

As organizações da sociedade civil lembram ao presidente senegalês que a Guiné-Bissau é um país soberano, uno e indivisível, que jamais aceitará que haja interferências estrangeiras, sobretudo, vindas de um país vizinho, com o claro propósito de "impor condições" durante a livre escolha dos representantes da Nação.

"O presidente Wade quer, com esta sua estratégia, baralhar a Guiné-Bissau para daí tirar dividendos estratégicos e controlar o nosso país política e economicamente. Não se pode admitir isso", frisou João Vaz Mané, membro da Plataforma.

Segundo Vaz Mané, o encarregado de negócios da embaixada do Senegal prometeu fazer chegar a carta ao seu destinatário e, assim que houver uma resposta, proceder da mesma forma em relação aos remetentes.

9/11 - Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 26 Mai 2005

Presidente garante que Kumba esteve na Presidência da República
O chefe de Estado interino guineense garantiu hoje que Kumba Ialá tentou reassumir na madrugada de quarta-feira a Presidência da República, sublinhando que, até agora, aos 58 anos, "nunca ninguém" o tomou "por mentiroso".

"Tenho 58 anos e nunca alguém me tomou por mentiroso. Se ele estava a dormir em casa dele ou não, não posso fazer essa afirmação, pois não estava lá. A afirmação é dele e é ele que responderá por isso", sustentou Henrique Rosa.

Henrique Rosa respondia a uma questão sobre as declarações de Kumba Ialá feitas quarta-feira à Rádio Nacional de Cabo Verde (RNCB) e hoje reiteradas na estação portuguesa TSF, em que o ex-presidente negou ter tomado a sede da presidência.

"A haver mentirosos, então há (do ponto de vista de Kumba Ialá) muitos militares responsáveis, generais, que deverão ser chamados de mentirosos, porque confirmaram que Kumba Ialá esteve na Presidência e testemunhas não faltarão", frisou Henrique Rosa.

O chefe de Estado guineense afirmou, por outro lado, não ser da sua competência indicar se Kumba Ialá deve ou não ser sancionado pela justiça, razão por que não se pronuncia sobre qualquer matéria penal.

"Isso não é problema do meu foro. É da competência da justiça, pelo que não me pronuncio sobre isso", concluiu Henrique Rosa, que falava aos jornalistas à margem de uma visita à Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense.

Quarta-feira, em declarações à RNCV, Kumba Ialá negou que tenha ocupado a sede da Presidência da República e que seria uma loucura fazê-lo para tomar o poder, reiterando estas declarações hoje numa entrevista à estação de rádio portuguesa TSF, em que rejeitou ainda que tivesse desencadeado qualquer tentativa de golpe de Estado.

"A sede da presidência tem 650 homens. Como é que um indivíduo que é civil, não é militar, pode entrar lá?", questionou hoje na TSF.

O ex-presidente adiantou ainda que estava "em casa a dormir" e que está a investigar o que se passou na Presidência e os incidentes registados defronte da sua residência.

Sobre o inquérito que o governo decidiu instaurar à forma como o ex-chefe de Estado decidiu regressar à Presidência da República, Kumba Ialá referiu que "não se sente intimidado" e recusou qualquer intenção de sair do país, considerando que o governo de Carlos Gomes Júnior não terá coragem para tomar essa decisão.

Noutro sentido, o ex-presidente da Guiné-Bissau defendeu que a situação actual no país não permite a realização das eleições presidenciais na data prevista, 19 Junho próximo.

"Não há condições para se realizarem eleições na Guiné-Bissau a 19 Junho", afirmou Kumba Ialá, adiantando que "o recenseamento está uma confusão total" e que a CNE "não tem um cêntimo para financiar as eleições".

Sexta-feira foi noticiado que Kumba Ialá ocupou, durante algumas horas, a sede da Presidência da República, acompanhado por um grupo de militares, alegadamente para assumir o país.

10/11 - Origem do documento: www.africatime.com, 26 Mai 2005

Le président sénégalais condamne l'occupation du palais présidentiel par Koumba Yala
(CRI 26/05/2005)


Le président du Sénégal, Abdoulaye Wade, "condamne fermement" l'occupation, mercredi, par l'ex- président bissau-guinéen Koumba Yala, des locaux de la présidence de la Guinée-Bissau, apprend-on mercredi soir d'un communiqué présidentiel.

Le président Wade, chargé par l'Union africaine du suivi du dossier de la Guinée-Bissau, estime que "cet acte est de nature à installer l'insécurité dans ce pays déjà meurtri par plusieurs années de crise", indique le communiqué.

Selon la même source, le chef de l'Etat sénégalais "appelle la classe politique de la Guinée-Bissau, la société civile, les forces armées et l'ensemble des populations bissau-guinéennes à faire preuve de retenue et à privilégier le dialogue pour résoudre les difficultés actuelles".

Il invite les acteurs de la vie politique de ce pays "à faire confiance à la communauté internationale, à l'Union africaine et à la Cedeao (Communauté économique des Etats d'Afrique de l'Ouest) qui continuent de combiner leurs efforts pour aider la Guinée- Bissau à sortir définitivement de cette situation préoccupante pour toute la région". "Le président Wade, précise le communiqué, tient à rappeler que les problèmes de la Guinée-Bissau étant d'ordre interne, leur règlement incombent par conséquent aux Bissau-Guinéens en dehors de toute ingérence extérieure". xinhua

11/11 - Origem do documento: www.africatime.com, 26 Mai 2005

Pour Wade, Kumba Yalla n'a pas suivi ses conseils
(Confidentiel 26/05/2005)


Le président Abdoulaye Wade du Sénégal a fermement condamné, mercredi, l'occupation des locaux de la présidence bissau-guinéenne par l'ancien président déchu Koumba Yala, "en dépit des recommandations de la communauté internationale".

Tôt mercredi matin, l'ancien président bissau-guinéen qui avait été contraint de quitter le pouvoir en septembre 2003 à la suite d'un coup de force militaire, avait occupé pendant plusieurs heures, avec des hommes armés, dont des militaires, la présidence de la République de la Guinée-Bissau.

Dans un communiqué rendu public à Dakar, le président Wade, qui s'exprimait en sa qualité de chargé de suivi du dossier de la Guinée-Bissau pour le compte de l'Union africaine, s'est dit "indigné" par cette démarche qui, a t-il dit, "est de nature à installer l'insécurité dans ce pays déjà meurtri par plusieurs années de crise".

Tout en déplorant la non prise en compte par ce dernier, des conseils qu'il lui a prodigués lors d'une audience qu'il lui a accordée le 22 mai à Dakar, le chef de l'Etat sénégalais a appelé la clase politique, la société civile, les forces armées et tous les Bissau-Guinéens à faire preuve de retenue et à privilégier le dialogue pour résoudre les difficultés actuelles.

Me Abdoulaye Wade a, par ailleurs, invité tous les acteurs de la vie politique bissau-guinéenne à faire confiance à la communauté internationale, à l'Union africaine et à la Communauté économique des Etats de l'Afrique de l'ouest (CEDEAO) qui, a t-il dit, continuent de conjuguer leurs efforts pour aider la Guinée-Bissau à sortir définitivement de cette situation préoccupante pour toute la sous région.

"Les problèmes de la Guinée-Bissau étant d'ordre interne, leur règlement incombe par conséquent aux Bissau-Guinéens en dehors de toute ingérence extérieure", a souligné le président sénégalais.



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