sábado, maio 14, 2005

Inaugurada a ponte sobre o rio Mansôa, em João Landim

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 14 Mai 2005
por: SABINO SANTOS LOPES

“PONTE TEVE SEMPRE O DESÍGNIO DE ESFORÇO NACIONAL, DA ABNEGAÇÃO E PERSISTÊNCIA DO HOMEM GUINEENSE”

A ponte sobre o rio Mansôa, situada em João Landim, passou a chamar-se Ponte Amílcar Cabral desde passado dia 9 de Maio. Diposndo de 785 metros de cumprimento total, formado por vãos bi-apoiado com longitude de 45 metros, largura total de 11,4 metros.

Tem duas vias de circulação de 3,5 metros, com passeios de 1,5 metros cada. Construída com o financiamento da União Europeia (EU), através dos 8º e 9ºs FED, num montante de 16,670.728.373,00 F cfa, a construção da Ponte Amílcar Cabral durou 28 meses.

A cerimónia de inauguração foi presidida pelo Presidente da República, Henrique Rosa, na presença do Primeiro-ministro e dos chefes de Estado do Senegal, Abdoulaye Wade e de Gâmbia, Yayah Jammeh.

Na sua intervenção, Henrique Rosa, disse que a conclusão dos trabalhos tornou mais fácil a ligação entre o norte e o centro da cidade, bem como nas transacções comerciais entre a Guiné-Bissau e Gâmbia. Mas, o PR adverte a todos que, a Ponte Amílcar é mais útil se todos participarem na sua preservação.

O ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo, titular do pelouro que ocupas das estradas e pontes no país, considera a Ponte Amílcar Cabral, obra de toda uma geração, resultado de sonhos, desígnios, esperanças, frustrações, mas certamente, resultado de confiança e persistência.

Para Domingos Simões Pereira, a Ponte Amílcar Cabral, é prova de capacidades de concepção e de execução de elevadíssimo nível.

No seu entender, o projecto ora findado, tem implicações profundas sobre o território e sobre o desenvolvimento. “Representa uma oportunidade excepcional de desenvolvimento, de aumentar de forma sustentada a qualidade de vida e do ambiente, e não apenas uma oportunidade efémera de crescer”.

Apresentando alguns traços da Ponte, o ministro afirmou que o seu subsolo “é um manto de lodo, cuja qualidade para a fundação vai melhorando com a profundidade”.

“O estrato da rocha com capacidade resistente, encontra-se a 80 metros de profundidade. As fundações são em estacas de betão armado monolítico, com diâmetros entre os 2.2 metros nos encontros, 2 metro no P1 e P15, e 1.80 metros para os demais”, informou Simões Pereira.

Os estudos para a construção da Ponte Amílcar Cabral, teve início desde 1979, quando o consórcio de gabinetes LAVALIN/DELCANDA fez o primeiro estudo técnico. Mas só no ano 1993 é que se chegou a conclusão sobre a viabilidade do projecto, através de um estudo financiado pelo Banco Africano para o Desenvolvimento.

“Em 1997, no quadro da cooperação com a Comunidade Europeia 8º e 9ºs FED, foram assinadas as convenções que asseguraram o financiamento no valor inicial de 26,5 milhões de euros”, disse Simões Pereira.

A Ponte Amílcar Cabral foi construída pela empresa NECSO (Entrecaneles Cubiertas), baseando nos estudos do consócio J.A.Torroja e GPO.

Os primeiros trabalhos tiveram início em Janeiro de 1998, mas foram interrompidos 5 meses depois devido ao conflito político-militar. Depois da guerra, houve alteração de condições globais em que a adjudicação tinha sido feita. O ministro conta que, o relançamento do projecto teve que ser precedido de inúmeros esforços tanto no campo diplomático (junto de Bruxelas), como nos aspectos técnicos, na negociação das variantes de execução com a empresa.

“Este é momento para envolver no reconhecimento tanto aqueles que tomaram a decisão e deram primeiros passos, como aqueles que prosseguiram os trabalhos e os conseguiram nos prazos possíveis”, elogiou, citando mais adiante os nomes de todos aqueles que alguma vez foram ministro das Obras Públicas ou do Equipamento Social.

Conforme o ministro, a ponte teve sempre o desígnio de esforço nacional, da abnegação e persistência do homem guineense.

Uma vez que o Governo promete ainda iniciar os trabalhos da ponte sobre o rio Cacheu em São Vicente (como também reforçou o Presidente da República na cerimónia da inauguração), o ministro fez votos para que ambas as pontes, constituam “impulsão para novos e decisivos investimentos de forma a potenciar os nossos recursos ao mesmo tempo que incrementar as nossas relações comerciais com ao países vizinhos”.

A cerimónia foi ainda uma ocasião para que o ministro e o Presidente da República manifestaram suas vontades em verem materializado o projecto do Porto de Buba.

Simões Pereira sublinha que o referido projecto é de interesse nacional, e está inscrito nos programas da nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD).

Como não podia deixar de ser, o ministro agradeceu a contribuição da EU que qualificou de “altamente marcante”, positiva e valiosa para a plena e sustentável materialização do plano global do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

O delegado da UE, António Moreira Martins, presente no acto, prometeu que a organização que representa vai continuar a apoiar a Guiné-Bissau na sua luta para o desenvolvimento. No entanto, o diplomata advertiu sobre a necessidade de se preservar a paz e tranquilidade no país.

O régulo de Bula que também usou de palavra em nome dos populares, manifestou a sua satisfação com o fim da obra, e prometeu que vão ajudar na preservação da mesma.



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