quarta-feira, abril 13, 2005

Mário Lopes Rosa formaliza candidatura

Origem do documento: www.noticiaslusofonas.com, 12 Abr 2005

Embaixador Mário Lopes Rosa formaliza candidatura

O embaixador Mário Lopes da Rosa "Maruca" entregou hoje no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a sua candidatura às presidenciais de 19 de Junho próximo, apontando a "vitória para mudar a Guiné-Bissau" como meta principal.

Em declarações aos jornalistas momentos após a deposição dos documentos no STJ, Mário Lopes, primeiro de uma série de candidatos independentes que se perfilam para o pelito eleitoral, disse que a sua intenção "é mudar a Guiné-Bissau", ao contrário daquilo que foi feito até aqui pelos políticos.

"Cheguei a conclusão de que fiz a diplomacia por ocupação durante 28 anos, quando de facto a minha a minha vocação era fazer uma outra coisa diferente", disse Mário Lopes, para justificar a sua candidatura à presidência.

Embora pouco conhecido no cenário político guineense, Mário Lopes Rosa é diplomata de carreira tendo representado a Guiné-Bissau em missões diplomáticas em países como Argélia e Estados Unidos, França, Luxemburgo, Bélgica, Holanda e Suiça e organismos internacionais como as Nações Unidas e União Europeia, entre outros.

Ainda falando da sua intervenção política "a favor" da Guiné- Bissau, Mário Lopes sublinhou não ser nenhum "novato" nas lides políticas do país, uma vez que "está há 33 anos a ajudar a reconstrução nacional".

Questionado pela Lusa a comentar informações de que a sua candidatura é apoiada pelo antigo presidente guineense João Bernardo "Nino" Vieira, o embaixador Mário Lopes remeteu a pergunta para o general exilado em Portugal.

"É uma boa questão, mas julgo que seria melhor se o jornalista pudesse colocar essa pergunta ao senhor general +Nino+ Vieira", respondeu Mário Lopes.

Vencer o pleito eleitoral e ser presidente da República para "provocar uma alteração profunda" da Guiné-Bissau são as metas apontadas por este candidato que se assume como detentor de um "projecto novo" para o país.

"Obviamente que espero ser eleito, alias a multidão que me acompanhou hoje - ao STJ- explica essa facto. O que farei para o país será totalmente diferente daquilo que muita gente prometeu e não fez para este povo", afirmou Mário Lopes, diplomata de 50 anos, que nos idos anos 70 foi locutor na Rádio Voz de Libertação, emissora da guerrilha armada contra a ocupação colonial portuguesa.

Cerca de três centenas de pessoas, na sua maioria jovens e mulheres vestidos com camisolas com o rosto de Mário Lopes e ao som do tambor, percorreram a avenida que liga a residência do candidato à sede do STJ.

Já em frente ao STJ, na avenida Guerra Mendes os apoiantes de "Maruca" ao som do tambor e de algumas palavras de ordem, ensaiaram passos de danças africanas animadas, o que motivou a curiosidade de populares que se abeiraram do local.

Depois de breves palavras de encorajamento aos seus apoiantes Mário Lopes dirigiu-se em cortejo de cerca de sete viaturas para a sua residência, sempre acompanhado por familiares e pelo mandatário e porta-voz da juventude, o jornalista Aly Silva, candidato que desistiu a favor de "Maruca".

Com Mário Lopes são já quatro os políticos que formalizaram junto do STJ a sua candidatura às presidenciais.

As outras candidaturas são as de Francisco Fadul (do Partido Unido Social Democrata, PUSD), Kumba Ialá (Partido da Renovação Social, PRS) e Aregado Mantenque Té (do Partido dos Trabalhadores, PT).

Para a próxima quinta-feira esta prevista a formalização da candidatura de Idrissa Djaló, líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), indicou à Agencia Lusa o próprio.

De acordo com a lei eleitoral guineense, todo o cidadão que queira apresentar-se às presidenciais tem até 60 dias antes do pleito para formalizar no STJ a sua candidatura, por isso o dia 19 deste mês é a data limite para o efeito.



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