sábado, fevereiro 19, 2005

Regresso de militares afectos a Nino Vieira

Origem do documento: www.guine-bissau.com, 19 Fev 2005

CEMGFA VISITA GUINÉE-CONACRI

O Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, esteve na semana passada na vizinha República da Guinée-Conacri. A razão da deslocação do Brigadeiro General das Forças Armadas, Baptista Tagme Na Waie a Guinée-Conacri não foi tornada pública, mas a deslocação do CEMGFA, prende-se com diligências que estão a ser encetadas pelas autoridades dos dois países, no sentido de fazer regressar altos oficiais de Nino Vieira.

O Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, esteve na semana passada na vizinha República da Guinée-Conacri.

A razão da deslocação do Brigadeiro General das Forças Armadas, Baptista Tagme Na Waie a Guinée-Conacri não foi tornada pública, mas sabe-se de fontes militares, que a deslocação do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas guineense, prende-se com diligências que estão a ser encetadas pelas autoridades dos dois países, no sentido de fazer regressar altos oficiais que estiveram durante a guerra civil ao lado do regime constitucional de João Bernardo Vieira “Nino”, e que se refugiaram em Conacri depois entrada triunfal da ex-Junta Militar em Bissau, em Maio de 1999.

Desde essa data, apesar da extinção da ex-Junta Militar e a tomada de posse do regime democrático de Koumba Yalá, as relações entre os dois países tem sido de mútua desconfiança, principalmente por parte das autoridades de Bissau.

O jornal Diário de Bissau que veiculou essas informações, garante que, a presença constante em Conacri do ex-chefe de Estado João Bernardo Vieira – amigo pessoal do Presidente guineense, Lansana Conté, tem constituído um dos motivos de preocupação em certos meios políticos e militares do país, que alegam que a sua presença visava desestabilizar a Guiné-Bissau.

Segundo fontes diplomáticas em Conacri, refere o periódico, o objectivo da visita do Chefe de Estado-Maior-General da Guiné-Bissau a Guiné-Conacri “permitiu dissipar certas dúvidas que pairavam no ar”, sobre as constantes presenças do general Nino Vieira neste país africano.

As mesmas fontes garantem ao DB que Tagme Na Waie terá mantido encontros prolongados com o Presidente Lansana Conté. Entre os assuntos abordados, para além do regresso dos oficiais exilados em Conacri, falou na possibilidade do regresso de Nino Vieira ainda este ano.

O DB apurou de fontes seguras, que depois destes oficiais exilados, terem sido convidados a reintegrar as Forças Armadas, no quadro do processo de reconciliação que está a ser levado a cabo, os mesmos decidiram organizar um encontro com o Presidente Lansana Conté para lhes informar e despedir/agradecer pelo auxílio prestado ao longo dos seis anos que estiveram nesse país.

O Presidente da Guiné-Conacri terá preferido ter a presença do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, como forma de receber garantias de que os oficiais ali refugiados não seriam alvo de qualquer tipo de perseguições.

Fontes ligadas ao Estado-Maior garantiram que a resposta do CEMGFA se baseou na necessidade de se reconciliar a classe castrense, porque constitui “uma das únicas vias para garantir a paz e estabilidade no país”. Na Waie, a título de exemplo, lembrou ao Presidente Conté de que os ex-oficiais depostos durante o regime de Nino Vieira “já reintegraram as Forças Armadas”.



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